Título: Para Bornhausen, acordo verifica quórum à votação do 3º mandato
Autor: Ulhôa , Raquel
Fonte: Valor Econômico, 01/11/2007, Política, p. A8

O ex-presidente do DEM (antigo PFL) e ex-senador Jorge Bornhausen (SC) afirma que os tucanos estarão colaborando com manobras da base aliada do Palácio do Planalto para tentar viabilizar um terceiro mandato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso decidam votar a favor da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no Senado.

Bornhausen diz estar convencido da existência de uma articulação em curso pelos governistas para dar a Lula um terceiro mandato. E a eventual vitória do governo na votação da CPMF, na sua opinião, "abre o caminho" para a aprovação de uma proposta de emenda constitucional (PEC) dando a Lula o direito a uma segunda reeleição.

"A CPMF é um teste político para que o governo verifique com quantos votos pode contar. Em toda votação importante, há sempre um requerimento apresentado antes, que dá uma mostra do que será o resultado da votação principal. Nesse caso, podemos dizer que a CPMF é o requerimento para a PEC do terceiro mandato", disse Bornhausen, ontem, em Brasília, onde participou de reunião do DEM. O ex-senador preside a Fundação Liberdade e Cidadania, ligada ao partido.

Sobre as negociações entre PSDB e governo, que tenta atrair os votos dos tucanos para aprovar a PEC da CPMF, Bornhausen afirma que "eles vão ter juízo suficiente para fechar questão contra a CPMF". Sobre a convicção que tem da articulação governista a favor do terceiro mandato, ele responde com uma série de perguntas. "Onde é que o governo vai colocar os analfabetos que ocupam cargos em comissão? O que vai fazer com as organizações não-governamentais que vivem mamando no governo? Por quê uma TV Pública? E por quê o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) - amigo de Lula - fez a proposta?"

A discussão em torno da CPMF está opondo DEM e PSDB no Senado. Os dois são os maiores partidos de oposição, mas têm posições divergentes. O DEM fechou questão contra a CPMF na Câmara e no Senado. O PSDB fechou questão na Câmara contra a prorrogação do imposto, mas no Senado está dividido. Ontem, o líder do DEM, José Agripino (RN), afirmou, da tribuna, que o papel da oposição é votar contra. "O que está em jogo é um pedido do Governo para prorrogação da vigência da CPMF por emenda à Constituição. Quem vai votar é o Senado da República...Os governistas estão defendendo os interesses do governo, e nós, da oposição, vamos defender interesse do cidadão", disse. (RU)

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