Título: Commodities Agrícolas
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 11/10/2007, Agronegocio, p. B12

Os preços futuros do suco de laranja subiram novamente na bolsa de Nova York, com compras de especuladores, influenciados pelas notícias de que a estiagem em São Paulo pode afetar o desenvolvimento dos pomares na safra 2007/08, informou a agência Dow Jones Newswires. Segundo o World Weather, algumas regiões do Estado receberam apenas 10 milímetros de chuvas neste mês, quando a média histórica para o período é de 19 a 30 milímetros por semana. O aumento das chuvas iriam beneficiar os pomares em floração neste momento, segundo a agência de clima Meteorlogix. O contrato para janeiro subiu 405 pontos e fechou a US$ 1,4110 por libra-peso. No Brasil, a caixa de 40,8 quilos de laranja foi vendida às indústrias a R$ 9,35, segundo o indicador Cepea/Esalq.

Hedge contra inflação

Os preços futuros da soja subiram novamente na bolsa de Chicago. Segundo a Bloomberg, investidores elevarão compras de contratos de commodities para se protegerem da inflação (e das conseqüentes perdas financeiras) causada pela redução dos estoques globais de alimentos. Nos EUA, preços de alimentos e bebidas subiram 4,2% em 12 meses até agosto, segundo o Departamento de Comércio. Preços de grãos e outros produtos básicos subiram 24% no mesmo período. O contrato para janeiro subiu 18 centavos de dólar, para US$ 9,8675 por bushel. Previsões de redução de área nos EUA e atrasos no plantio no Brasil também estimularam a alta, segundo a Dow Jones Newswires. No Brasil, o indicador Esalq/BM&F para a saca subiu 1,33%, para R$ 39,68.

Chicago sustenta

Os preços futuros do algodão fecharam em alta ontem na bolsa de Nova York, impulsionados pelas coberturas de posição e elevação dos grãos na bolsa de Chicago. O mercado também está atento ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que será divulgado amanhã. Os papéis negociados para dezembro encerraram com alta de 123 pontos, para 64,21 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos para março subiram 125 centavos e fecharam a 67,95 centavos de dólar. "O algodão está tentando manter o ritmo de outros mercados [como milho, soja e trigo]", disse o analista Boyd Cruel, da Alaron Trading à agência Dow Jones. No mercado paulista, o algodão encerrou a R$ 1,1186 a libra-peso, com alta de 0,11%, segundo o Cepea/Esalq.

Cobertura de posições

Os preços futuros do trigo voltaram a subir ontem nas bolsas de Chicago e Kansas, com cobertura de posições vendidas nos pregões anteriores. Segundo a Dow Jones Newswires, especuladores fizeram um movimento técnico, enquanto esperam o relatório de oferta e demanda de grãos, a ser divulgado pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) no dia 12. Há expectativa de que o USDA reduzirá novamente a projeção para estoques globais de trigo, sobretudo em função da quebra de safra na Austrália. Na bolsa de Chicago, o contrato para março subiu 10 centavos de dólar, para US$ 8,6850 por bushel. Em Kansas, o contrato para março subiram 11,75 centavos de dólar, para US$ 8,6125 por bushel. No Paraná, a saca recuou 3,09%, para R$ 33,27, segundo o Deral.