Título: Leilão da CEF reduz preços das redes das lotéricas
Autor: Taís Fuoco
Fonte: Valor Econômico, 01/02/2005, Empresas &, p. B4

O pregão eletrônico da Caixa Econômica Federal (CEF) para a escolha da nova fornecedora de redes de telecomunicações para as cerca de 9 mil lotéricas do país, iniciado na manhã de ontem, envolveu uma disputa com mais de cem lances ao longo de toda a segunda-feira. Até o fechamento desta edição, três propostas estavam na briga, das quais duas lideradas por consórcios de empresas e a terceira pela Vicom, empresa cujo controle mudou recentemente da NET Serviços para a americana Comsat. O último lance até 19h30 de ontem, de R$ 318 milhões, foi da Vicom. Em um único lance, ela abaixou o preço em R$ 10 milhões. Segundo informações da CEF, não havia hora certa para acabar o leilão. O pregão eletrônico só se encerraria quando nenhuma das competidoras tivesse lances a fazer - nesse caso, para baixar o preço, já que este é o critério de escolha. Um dos consórcios reúne as três principais concessionárias de telefonia fixa do país (Telefônica, Telemar e Brasil Telecom), além da MetroRed e Pegasus. O segundo consórcio inicialmente classificado reúne as empresas VSat, FiaTelecom e Telsat. Também disputaram o pregão no início do dia, mas tiveram seus preços desclassificados, as empresas Primesys, do grupo Portugal Telecom, Embratel e Impsat. A Caixa partiu do preço sugerido de R$ 522 milhões por um contrato de 60 meses, que envolve a implantação da rede que interligará todos os pontos das lotéricas no país e sua manutenção, mas já havia conseguido reduzir esse valor para R$ 318 milhões. O pregão faz parte do processo de modernização das casas lotéricas implantado pela CEF, com prazo de conclusão até maio de 2006, quando tanto os equipamentos, materiais e fornecedores terão sido renovados em todo o país, em um projeto que pode movimentar mais de R$ 1,3 bilhão. O primeiro leilão aconteceu no dia 24 de janeiro, para os serviços de guarda, transporte e distribuição de volantes, e foi vencido pela empresa Trans-World Transportes Especiais. A segunda e a terceira disputa foram suspensas por questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU). Na quinta-feira, a CEF entregou as explicações pedidas pelo TCU e agora aguarda sua aprovação para retomar os dois pregões, que envolviam a contratação de 6,6 bilhões de volantes e 6,7 milhões de bobinas, além do fornecimento (com sistema de leasing) de 25 mil máquinas para registro das apostas.