Título: Jobim não quer estrangeiras em vôos domésticos
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 16/11/2007, Brasil, p. A4

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem que é contra a abertura do espaço aéreo brasileiro para companhias estrangeiras, medida que permitira que elas operassem no mercado doméstico. Ele afirmou que isso poderia levar à quebra das empresas brasileiras e criaria uma situação "perigosa em termos de segurança nacional". O ministro foi à IV Confe-rência do Forte de Copacabana, que discute cooperação internacional em segurança e defesa.

O ministro enfatizou que a malha aérea não está sendo mudada porque exista algo errado. "Está se ajustando a malha aérea, como se faz todos os anos, para a demanda que haverá com a circulação e o fluxo no Brasil nos meses de férias, inclusive com a vinda de [turistas] europeus para aproveitar o período de férias, principalmente no Norte e no Nordeste."

Para Jobim, as providências tomadas até agora sinalizam que o problema será totalmente sanado. Ele disse ver como uma perspectiva positiva as fusões que estão começando a ocorrer entre empresas aéreas. "Elas darão mais envergadura às pequenas empresas."

O ministro também afirmou que a descoberta do megacampo de petróleo e gás aumenta a necessidade de aparelhamento das Forças Armadas. Ele afirmou que o Brasil precisa ter condições de defender seu território, até mesmo de ataques terroristas. "No momento em que você tem uma grande riqueza nacional que se encontra na área do Atlântico, temos que ter condições de protegê-la", afirmou. "E para isso nós precisamos ter o navio de propulsão nuclear. Não pensem que vamos conseguir fazer isso exclusivamente com navios de superfície", acrescentou, descartando qualquer uso de tecnologia nuclear relacionado à bomba. "Isso é uma bobagem", disse.(Agências noticiosas)