Título: Tarifa menor anima distribuidoras
Autor: Rittner, Daniel
Fonte: Valor Econômico, 31/10/2007, Brasil, p. A6

O anúncio do governo de que a tarifa de energia no leilão da usina Santo Antônio (3.150 megawatts) será mais baixa animou o consórcio que está sendo formado por distribuidoras de energia para a disputa do leilão. A hidrelétrica, juntamente com a usina Jirau (3.300 MW), integra o complexo do rio Madeira.

Segundo o presidente da distribuidora fluminense Light, José Luiz Alquéres, as empresas estavam inclinadas a não ir à concorrência, em função da perspectiva anterior de preços mais altos pela energia gerada pelas usinas do complexo. "Mesmo com a taxa de transmissão incluída, o Madeira já tem preço inferior aos últimos leilões promovidos pela Aneel", afirmou Alquéres.

Alquéres vem liderando as negociações para a formação de um consórcio formado exclusivamente por distribuidoras. As empresas que devem integrar a sociedade não foram reveladas.

A alegação do executivo para a participação no leilão é o temor de que haja escassez de energia no mercado no início da próxima década, e essas empresas tenham que buscar energia mais cara para atender os mercados consumidores.

O temor de que o custo da energia das usinas chegasse até R$ 185 por MWh vinha desestimulando a formação do consórcio. Há meses, Alquéres considerava a participação do consórcio no leilão um fato. Ontem, em conferência com investidores, mudou o tom do discurso. "Não temos nada fechado com nossos parceiros distribuidores. Ainda estamos estudando a possibilidade", observou.