Título: Berlusconi jantou com seis brasileiras
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Fonte: Correio Braziliense, 22/01/2011, Mundo, p. 25

Em entrevista ao programa Annozero, da emissora de TV RAI, a garota de programa de luxo Nadia Macri revelou que, em 24 de abril de 2010, jantou na residência do premiê italiano, Silvio Berlusconi. Segundo ela, Lele Mora e Emilio Fede ¿ amigos do primeiro-ministro ¿ participaram do evento, acompanhados de uma dançarina marroquina conhecida como Ruby e de seis brasileiras. ¿Entrei na casa de campo, em Arcore, e havia apenas uma menina que esperava. Ela tinha a pele escura, tipo indiana, era muito bela, alta e magra. Ficamos juntas na sala e, pouco depois, chegou Lele Mora acompanhado de cinco, seis brasileiras, todas também muito belas¿, relatou Nadia.

De acordo com ela, após o jantar, o grupo caminhou até uma espécie de ¿sala privada¿, onde existe um palco e luzes de discoteca. ¿Começamos a dançar e a nos despir. Fede e Mora estavam sentados e ficavam nos observando¿, afirmou. Nadia contou ainda que a marroquina ficou tão bêbada, que corria ao redor da sala.

De acordo com a garota de programa, Berlusconi se juntou ao grupo depois que todos os participantes do jantar se banharam na piscina. ¿Ele estava nu. Nós éramos seis, sete mulheres. Todas ríamos e brincávamos de nos tocar¿, comentou Nadia. A acompanhante contou que Berlusconi foi para outra sala privada, uma espécie de quarto com cama de massagens. ¿Ele gritava: Venha a próxima, venha a próxima¿, descreveu. Ela garantiu que o premiê manteve relações sexuais com cada uma das mulheres. ¿Ao fim da sessão, recebi 5 mil euros do primeiro-ministro¿, disse. A identidade das brasileiras não foi revelada pela imprensa italiana. O jornal Corriere della Sera repercutiu a história, com destaque.

Bento XVI Em uma crítica indireta a Berlusconi, o papa Bento XVI apelou ¿à sociedade e às instituições¿ da Itália a recuperarem suas ¿raízes espirituais e morais¿. ¿Os novos desafios que temos pela frente exigem (¿) que a sociedade e as instituições públicas recuperem a própria alma, suas raízes espirituais e morais¿, disse o pontífice, ao receber no Vaticano representantes da polícia de Roma. O líder católico não mencionou explicitamente o premiê, mas convidou os italianos a darem ¿uma nova consistência aos valores éticos e jurídicos de referência¿. ¿Tem-se a impressão de que nosso mundo, com suas esperanças e possibilidades, atravessa, ao mesmo tempo, uma falta de consenso moral¿, criticou. Na quinta-feira, o secretário de Estado da Santa Sé, Tarcisio Bertone, já havia pedido mais ¿moralidade¿ à classe dirigente italiana.