Título: Alfândega de Santos bate recorde de arrecadação
Autor: José Rodrigues
Fonte: Valor Econômico, 03/02/2005, Brasil, p. A5

A Alfândega de Santos bateu, no ano passado, o recorde de arrecadação, que cresceu 60%, para R$ 5,6 bilhões, atribuído ao aumento da movimentação de cargas pelo porto, à incidência do PIS/Cofins na importação e ao combate à sonegação. O Porto de Santos exportou, no ano passado, o equivalente a US$ 20,5 bilhões, com crescimento de 30,8% em relação a 2003, e importou US$ 13,5 bilhões - um aumento de 27,4%. Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o Porto de Santos fechou 2004 com um acréscimo de 12,5% na movimentação de cargas, que somaram 67,6 milhões de toneladas, das quais 45,8 milhões foram de exportação (mais 17,08%) e 21,8 milhões de importação (mais 4,05%). A Alfândega de Santos obteve uma redução de 57%, para 5h06, no tempo médio para liberar cargas de exportação e de 20%, para 10h50, na importação, em 2004, em relação ao ano anterior. A meta para 2005 é de novas baixas no tempo na retenção das mercadorias, que na expectativa do inspetor da aduana, José Guilherme Antunes de Vasconcelos, devem chegar a 10%. As vantagens dessas reduções estão em custos menores de armazenagem e acesso mais rápido aos produtos. Segundo Vasconcelos, essas médias são ainda menores em países mais desenvolvidos, em razão de dirigirem maior percentual de mercadorias - até 90% - para o canal verde, um sistema, também utilizado no Brasil, que libera praticamente no ato as cargas de importação ou exportação. "Temos orientações de Brasília para irmos reduzindo o nosso tempo até 2007, mas isso também depende da qualidade das empresas, do tipo de mercadoria e de sua origem", avisou. Vasconcelos informou que a preocupação da alfândega de Santos tem sido de "não atrapalhar as empresas honestas e inibir os picaretas". Entre as apreensões do ano passado incluem-se 709 toneladas de produtos eletrônicos, equipamentos médico-hospitalares, gêneros alimentícios e bens de informática (800 mil CDs e 1.700 aparelhos de gravação de CDs, avaliados em R$ 7 milhões). Também foram apreendidos três carros Mercedes-Benz, que se encontravam com a documentação irregular.