Título: Fundo irlandês fecha compra da Arysta LifeScience
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 23/10/2007, Agronegócios, p. B13

A Industrial Equity Investiments Limited (IEIL), empresa de investimentos internacional controlada pelo fundo irlandês Permira Funds, anunciou ontem a aquisição da multinacional Arysta LifeScience, com sede no Japão, por US$ 2,2 bilhões. É o primeiro aporte da IEIL no Japão e também a primeira aquisição no setor de defensivos feita por um fundo no mundo.

Segundo informou a empresa em comunicado, a conclusão da compra está sujeita à aprovação nos países onde os grupos atuam, devendo ser concluída até o primeiro trimestre de 2008.

A Permira Funds é um dos cinco maiores fundos privados do mundo, com um capital de investimentos em torno de US$ 200 bilhões. A Arysta é a décima maior empresa de defensivos do mundo, com receita de US$ 1 bilhão e operações em 125 países. Em setembro, a Arysta LifeScience havia adquirido o Grupo Bioquímico Mexicano S.A. de C.V. (GBM), líder na fabricação e comercialização de insumos para frutas e hortaliças naquele país.

"Naquela época a negociação [com a Permira] já estava em fase avançada", diz Flavio Prezzi, presidente da Arysta no Brasil. Segundo Prezzi, o quadro diretivo da Arysta LifeScience será mantido. "A idéia do fundo é investir no grupo para ampliar o faturamento e vendê-la no médio prazo, como fez com empresas de outros setores", afirma. Ainda conforme o executivo, o fundo estaria negociando outras aquisições na área de defensivos.

Para o Brasil, onde a empresa espera encerrar o ano de 2007 com um faturamento da ordem de R$ 300 milhões, ante US$ 270 milhões no ano passado, a notícia é positiva, diz Prezzi. "Talvez seja uma das notícias mais felizes do ano. Con a concretização do negócio a empresa terá mais capital para investir na expansão da empresa no Brasil", afirma. Neste ano, a Arysta LifeScience redirecionou o seu foco de negócios no Brasil, fazendo uma maior aposta em produtos para cana e hortifruticultura. Com isso, a empresa encerrou o primeiro semestre com um crescimento em rentabilidade entre próximo a 25%. "A perspectiva para o ano é fechar com uma rentabilidade próxima de 30%", diz. (CB)