Título: Brasil e emergentes terão parcerias
Autor: Washington
Fonte: Valor Econômico, 19/10/2007, Finanças, p. C5

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse ontem que pretende estabelecer parcerias com países em desenvolvimento como o Brasil para promover iniciativas do seu interesse. Zoellick mencionou a expansão do uso de combustíveis alternativos como o etanol e o programa Bolsa-Família como exemplos de idéias que poderiam ser abraçadas pelo Banco Mundial.

"Nosso papel é desenvolver parcerias e ser um ator mais valioso para esses países", disse Zoellick, que assumiu o cargo há pouco mais de três meses e está procurando maneiras de tornar a instituição novamente relevante para países como o Brasil, que hoje em dia têm acesso a fontes de capital externo diversificadas e não precisam da ajuda do banco como no passado.

O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), braço do Banco Mundial que faz empréstimos para o setor público, reduziu neste mês as taxas de juros para países que a instituição classifica como de renda média, como o Brasil. Mas a burocracia do banco torna muito demorada a análise dos projetos e tem contribuído para afastar muitos países do Bird.

Os países-membros do banco estão discutindo a criação de novos serviços e instrumentos financeiros para atender esses países, mas as mudanças enfrentam resistências dos sócios mais poderosos da instituição.

"Temos que trabalhar com esses países como clientes, para entender o que eles precisam", afirmou o presidente do banco. "Espero poder ampliar as opções que eles têm." (RB)