Título: Emissões de papéis são destaque
Autor: Catherine Vieira
Fonte: Valor Econômico, 09/02/2005, Finanças, p. C1

Os segmentos que devem ter o melhor desempenho este ano, na visão dos especialistas, são as debêntures, as ofertas de ações e os recebíveis, seja sob a forma de fundos de direitos creditórios ou de certificados de recebíveis imobiliários. Correndo por fora, vêm os fundos de participações ou de capital de risco, que também devem se multiplicar este ano. Para Alessandro Horta, responsável pelos fundos de participações do Pactual, o cenário é muito positivo. "Quando o mercado de capitais se reativa e novas operações de abertura de capital aparecem, isso incentiva muito os fundos de private equity porque este fundos precisam do mecanismo de desinvestimento", lembra Horta, que cuida do fundo Brasil Energia, o maior lançado no ano passado. A Petros, fundo de pensão que liderou a criação do Brasil Energia, já manifestou, em reportagem publicada pelo Valor, a intenção de criar outros fundos semelhantes, em outros setores. Segundo Horta, no entanto, nada de oficial foi apresentado, ainda. O ex-presidente da CVM, Luiz Leonardo Cantidiano - que em sua gestão criou boa parte das regras que estão permitindo o desenvolvimento do mercado - também acredita no potencial dos fundos de participação. "Operações como as da Natura, Gol e Grendene, que foram portas de saída para investidores desses fundos, mostraram que eles podem ser bem-sucedidos", diz Cantidiano. "O mercado como um todo deve crescer muito este ano, se as condições macroeconômicas continuarem favoráveis", diz ele, que trabalha na formatação de alguns fundos de recebíveis e na operação que deve levar a Celg ao Novo Mercado. (CV)