Título: Parcerias impulsionam resultados
Autor: Torres, Fernando
Fonte: Valor Econômico, 02/01/2008, Empresas, p. B3

O momento vigoroso no setor de auditoria e consultoria abre espaço para que BDO Trevisan e Terco Grant Thornton tentem diminuir a diferença de participação de mercado que possuem em relação às quatro grandes. A tendência segue o que ocorre no mundo, com a quinta e sexta maiores firmas de auditoria tentando ampliar a competição, embora a distância ainda seja muito grande.

Em 2007, o desempenho da Terco Grant Thornton surpreendeu, com o faturamento anual crescendo 50%, para cerca de R$ 80 milhões ao final de dezembro. "É o terceiro ano consecutivo com crescimento acima de 50%", comemora Mauro Terepins, presidente da firma. "Para 2008 é difícil repetir o desempenho, mas crescer 20% já será muito bom", acrescentou.

Apesar de os números não serem oficiais, esse resultado coloca a empresa à frente da BDO Trevisan em termos de receita no Brasil, já que esta última deve fechar 2007 com faturamento de R$ 73 milhões (sem contar terceirização de serviços). Segundo Eduardo Pocetti, principal executivo da BDO Trevisan, o crescimento foi de 17% em relação ao resultado de 2006. Trata-se de uma pequena aceleração na comparação com o aumento verificado entre 2005 e 2006, quando foi de 15%. "Eu acho que é bastante, para crescer sem abrir mão da qualidade", afirma o executivo. A expectativa em relação a 2008 é de que o crescimento fique novamente entre 15% e 20%.

Pocetti aposta no fortalecimento da parceria internacional com a BDO para garantir o crescimento nos próximos anos. "Os royalties pagos para a firma mundial para investimentos na rede vão subir 50% em relação ao que foi em 2007", diz o executivo. No mundo, a BDO registrou faturamento de US$ 4,7 bilhões até setembro de 2007, com alta de 20%, ritmo acima do registrado pelas quatro maiores.

Terepins, da Terco, também cita a parceria com a Grant Thornton, iniciada em 2005, como um dos principais fatores que explicam o bom desempenho da firma nos últimos anos. Ele lembra que até o fim de 2006, a empresa tinha 13 companhias abertas em carteira, número que subiu para 28 no fim de 2007. Para 2008, a meta é chegar a 40 clientes de capital aberto.

Em termos mundiais, a Grant Thornton fechou o ano fiscal com receita de US$ 3,4 bilhões, com alta de 17%. Com o desempenho dos últimos anos, a parceira brasileira entrou para o grupo das dez mais importantes do mundo para a rede e tem um lugar no conselho da firma global. (FT)