Título: Companhias menores e novatas têm mais risco, mas potencial maior de alta
Autor: Fariello, Danilo
Fonte: Valor Econômico, 21/01/2008, Investimentos, p. D1

A polêmica é grande. Entre as oito corretoras que participam da Carteira Valor Longo Prazo, são bem diferentes as visões sobre ações de segunda linha, de empresas menores ou com menos liquidez. O mesmo ocorre com papéis das novatas do mercado. Enquanto algumas corretoras dizem preferir a solidez de grandes grupos para períodos mais extensos, outras dizem que é exatamente no longo prazo que as menores apresentam melhores resultados.

Itaú Corretora é um exemplo mais conservador, porque recomenda Lojas Americanas PN na Carteira Valor tradicional, mas substituiu-a por Gerdau PN na de longo prazo. "A empresa de varejo é mais sujeita a ciclos", explica Fabio Anderaos Araújo. Já a Link Investimentos - única a não indicar Petrobras PN - prefere justamente aquelas empresas menos negociadas. O mercado demora mais para avaliar papéis como São Carlos ON, exemplifica Celso Boin Júnior, chefe de análise da corretora.

A Link ainda coloca entre as recomendadas B2W Global ON. "É uma empresa que cresce 40% ao ano, mas isso demora para aparecer no preço da ação", diz Boin. Além da B2W, são recomendadas também as estreantes Bematech ON, pela Ativa, e Log-In ON, pela Fator Corretora.

Foram os papéis de segunda linha os principais responsáveis pelos bons resultados da Geração Futuro nos últimos anos, quando ganhou destaque na Carteira Valor tradicional. Para a seleção de longo prazo, a corretora também indica ações com pouca liquidez, como Guararapes PN, Forjas Taurus PN e Randon PN. (DF)