Título: Nível de reservatórios do Sudeste sobe para 48,1%
Autor: Rittner, Daniel
Fonte: Valor Econômico, 29/01/2008, Brasil, p. A9

Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste subiram de 47,1% para 48,1% de sua capacidade máxima no último fim de semana, com a intensificação das chuvas. Apesar do aumento, continuam abaixo do nível mínimo para a operação do sistema elétrico com plena segurança. Esse nível era de 50,8% no domingo e deve chegar a 53% em 1º de fevereiro para afastar totalmente o risco de problemas energéticos ao fim do próximo período de estiagem - entre setembro e outubro.

Quando as represas das hidrelétricas estão abaixo da margem de segurança, que se ajusta diariamente, não significa que o país está na iminência de um racionamento, mas que todas as termelétricas da região precisam ser acionadas para recompor o volume de água recomendado.

Apenas quatro usinas térmicas de relevância ainda não foram acionadas no Sudeste e no Centro-Oeste. Outras, porém, geraram menos energia do que o programado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) por falta de gás suficiente. Esse tipo de problema vem acontecendo quase todos os dias. Até agora, não houve quebra do termo de compromisso entre Petrobras e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em janeiro. A estatal firmou um acordo, no ano passado, pelo qual vai aumentando progressivamente a oferta de gás às usinas até 2011.

As chuvas do fim de semana também ajudaram a elevar o nível dos reservatórios do Norte (que aumentaram de 29,4% para 29,8%) e do Nordeste (de 28% para 28,4%). Mas a situação ainda é bem pior do que em igual período de 2007, quando estavam acima de 46% e de 75% da capacidade máxima, respectivamente. No Sudeste e Centro-Oeste, os reservatórios estavam com nível 27 pontos percentuais mais elevado do que atualmente. Mesmo assim, o volume armazenado de água em todas as regiões é maior do que aquele registrado nas vésperas do apagão de 2001.

No Sul, os reservatórios têm perdido volume quase diariamente e estão com 66,3% de sua capacidade, mas ainda acima do nível do ano passado e também da margem mínima de segurança do ONS.