Título: Custos para implantação das medidas do bloco serão altos
Autor: Scaramuzzo, Mônica
Fonte: Valor Econômico, 24/01/2008, Agronegócios, p. B13

A decisão da União Européia de acelerar suas metas para reduzir as emissões de CO2 e promover o uso de energias renováveis vai implicar maiores custos para o bloco. Os gastos, contudo, seriam ainda maiores, caso a UE não tomasse providências mais rápidas, afirmou o presidente da Comissão Européia (CE), José Manuel Durão Barroso.

Se a UE não se empenhar nessas metas de redução, o custo para os europeus será de ? 60 euros por semana para cada pessoa, mais de 20 vezes o custo atual. As medidas da comissão custarão cerca de 0,5% da riqueza total da UE por ano, ou aproximadamente ? 60 bilhões de euros , segundo Barroso. Autoridades do bloco disseram que devem aumentar os preços da energia elétrica em 10%.

Durão Barroso afirmou que o setor de energias renováveis vai gerar pelo menos um milhão de empregos para a UE em 2020, de acordo com os cálculos da Comissão Européia.

Segundo o presidente da CE, a UE vai batalhar para que haja um acordo internacional pós-Kyoto. Com isso, o bloco buscará fórmulas para impor requisitos ambientais similares aos de seus concorrentes europeus. "Pode haver setores em que a redução das emissões terá um impacto real na competitividade com companhias de países que não fazem nada", disse.

Ele afirmou que o órgão dará segurança legal às companhias. Segundo Barroso, "não faz sentido ser rígido na Europa se simplesmente houver uma transferência da produção para países que permitem emitir livremente". (MS, com as agências internacionais)