Título: Movimentação no DF
Autor: Abreu, Diego
Fonte: Correio Braziliense, 08/02/2011, Política, p. 6

De olho nas recentes liminares concedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que tem entendido que a vaga dos deputados licenciados devem ser ocupadas por filiados ao mesmo partido, os suplentes João Maria Medeiros de Oliveira (PT-DF) e Neviton Pereira Júnior (PMDB-DF) se articulam para disputar os mandatos dos parlamentares Geraldo Magela (PT) e Luiz Pitiman (PMDB), que vão se licenciar da Câmara para reassumir cargos de primeiro escalão no governo de Agnelo Queiroz.

Os dois suplentes disseram ao Correio que ainda não foram à Justiça em busca do mandato, pois aguardam uma posição de seus partidos. No entanto, ambos dizem ter o direito à vaga e se mostram confiantes de que em breve assumirão uma cadeira no Congresso. Para João Maria, que é presidente do Sindicato dos Servidores das Agências de Regulação, o PT tem direito à vaga de Magela, que, pelo critério da Câmara, será entregue a Augusto Carvalho (PPS), segundo suplente da coligação. O primeiro suplente é o presidente do PT-DF, Roberto Policarpo, que já tomou posse no lugar do deputado licenciado Paulo Tadeu (PT).

¿Hoje estou seguindo a orientação partidária. Meus advogados me orientaram a entrar com mandado de segurança, mas vou aguardar. O PT recebeu quase 360 mil votos e fez três deputados. Ou seja, 120 mil votos para cada cadeira. O PPS teve 24 mil (votos). Tenho certeza de que o PT vai brigar pela vaga. Senão, vai estar abrindo mão para um partido que teve apenas 24 mil votos¿, disse João Maria.

Já o tenente-coronel da PM Neviton Júnior afirmou que vai aguardar uma posição do PMDB. Ele acredita que o STF tomará uma decisão definitiva que terá de ser seguida para todos os casos. ¿Eu tenho plena convicção de que a decisão do STF será favorável ao partido, uma vez que a coligação é uma situação efêmera¿, avaliou. Neviton disse não acreditar que qualquer medida aprovada pela Câmara para dar posse aos suplentes da coligação possa ter validade imediata. Para ele, uma possível mudança na regra dos suplentes valeria somente para as próximas eleições. Por enquanto, o PT e o PMDB do DF vão esperar a posição das executivas nacionais