Título: Rio desonera imposto de aço importado para navios
Autor: Rosa , Rafael
Fonte: Valor Econômico, 21/02/2008, Brasil, p. A2

A Transpetro, subsidiária de transportes da Petrobras, espera terminar em março a tomada de preços do aço no mercado mundial para a construção de navios incluídos no Programa de Modernização da Frota. De acordo com Agenor Junqueira, diretor da empresa, a tomada de preços é relativa a 240 mil toneladas do insumo que serão usadas nos primeiros navios que serão construídos.

Junqueira afirmou que as siderúrgicas brasileiras também foram consultadas no levantamento, embora não tenha revelado qualquer análise a respeito dos preços colhidos até agora.

O executivo participou ontem, em Niterói, no Estado do Rio, na sede o estaleiro Mauá, do lançamento do programa de Sustentabilidade da Indústria Naval no Estado, cuja primeira medida foi a desoneração das importações do aço utilizado para a indústria naval, um pleito antigo do segmento, que reclama dos preços cobrados pelas siderúrgicas brasileiras. Até então, o ICMS sobre o aço importado no Rio de Janeiro era de 15%, mais 1% destinado ao fundo de pobreza.

O presidente do Sinergy Group, controlador do estaleiro Mauá, German Efromovich, afirmou que o estaleiro tem comprado aço da China para a construção de navio e plataformas. Segundo ele, o produto chega no Brasil com preços até 30% menores que o equivalente cobrado pelas siderúrgicas nacionais. "Como aço é uma commodity, esses preços variam, mas a diferença entre o produto importado e o nacional já chegou a 30%, mesmo com os impostos", disse Efromovich.

De acordo com Ariovaldo Rocha, presidente do Sindicato das Industriais do Setor Naval (Sinaval), cerca de 70% do aço consumido na indústria naval brasileira é importado.