Título: EUA apóiam ação da Colômbia; Fidel critica
Autor: Uchoa, Rodrigo
Fonte: Valor Econômico, 04/03/2008, Internacional, p. A14

Os Estados Unidos declaram apoio aos esforços da Colômbia para responder a "ameaça e desafios" impostos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Consideramos que as Farc são uma organização terrorista. Apoiamos o governo da Colômbia em seus esforços para responder àquela ameaça e desafio", disse o vice-porta-voz do Departamento do Estado dos EUA, Tom Casey.

Washington pediu calma e fez um apelo para que Equador, Venezuela e Colômbia resolvam suas diferenças, através da Organização dos Estados Americanos (OEA), se possível.

A França lançou um "pedido à contenção" ante a "escalada da tensão na região andina". Paris reconheceu entretanto que a morte de Raúl Reyes é um revés, pois a França tinha o guerrilheiro como um contato para negociar a libertação da ex-candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, mantida refém das Farc há seis anos. "Evidentemente, não é uma boa notícia que o homem com quem havíamos falado esteja morto", disse o chanceler francês, Bernard Kouchner. "Em todo caso, devemos redobrar nossos esforços. Devemos recuperar Ingrid Betancourt. Ela deve sair [do cativeiro] porque é uma urgência médica e humana. Não se trata mais de necessitarmos de um acordo humanitário, mas de uma gesto por parte das Farc", acrescentou.

Já o líder cubano Fidel Castro culpou os Estados Unidos pela situação de tensão, na qual são ouvidas "com força" as "trombetas da guerra", segundo um artigo publicado ontem no jornal oficial "Granma". "São ouvidas com força no sul de nosso continente as trombetas da guerra, como conseqüência dos planos genocidas do império ianque. Nada é novo! Estava previsto!", escreveu Fidel.