Título: Rio reduz em 88% os custos de telefonia
Autor: Magalhães , Heloísa
Fonte: Valor Econômico, 27/03/2008, Brasil, p. A11

Em leilão iniciado às 14h de segunda-feira e concluído ontem às 17h45, o governo do Rio reduziu em 88% os custos de telefonia na comparação com 2007. A disputa foi marcada por verdadeira queda-de-braço entre Embratel/Claro e a Oi (ex-Telemar). No ano passado, foram gastos R$ 72,964 milhões com telefonia fixa e móvel pelo governo. Em 2008, o governo pagará R$ 8,994 milhões pelas ligações locais e interurbanas. Ficam de fora ligações internacionais. "As chamadas tanto de fixo como celular entre órgãos estaduais serão a custo zero, como se fossem entre ramais", diz o chefe da Casa Civil, Régis Fichtner.

Houve 2 mil lances das operadoras, durante os três dias, e ora uma das empresas reduzia em R$ 1 mil a proposta, ora em R$ 2 mil. O consórcio Claro/Embratel desistiu, após oferta apenas R$ 1 mil superior a da Oi. Em nota, alfinetou a vencedora: "O último lance da Embratel/Claro foi de R$ 8.995.000,00, considerado pelas empresas o mínimo possível para o equilíbrio econômico do contrato e para viabilizar a prestação de serviços de qualidade." Já a Oi foi formal na resposta. Por meio da assessoria de imprensa, informou que " tem uma trajetória de liderança no segmento de governo fruto de sua ampla experiência e competitividade".

Para Fichtner, a briga aconteceu por que a Oi não queria perder espaço na sua área da sede. "Foi uma disputa entre empresas, com a Oi se defendendo para a Embratel não entrar no mercado dela. E quem saiu ganhando foi o governo do Estado."

As reações ao pregão começaram semana passada. A Vivo encaminhou processo administrativo à comissão de licitação do leilão. Pedia a revisão de alguns termos das exigências técnicas o operacionais. Embratel/Claro e CTBC também fizeram questionamentos. O governo do Estado conseguiu manter o leilão. "Consultamos 13 operadoras. A equação do contrato foi montada a partir de estimativa de consumo de ligações locais, interurbanas, internacionais, de celulares e fixos. Foram levantados todos os telefones em uso do governo, gastos em 2007 e acrescentamos mais 30% nos custos. Essa conta foi a base do lance inicial, de R$ 55 milhões, ", informou o subsecretário de gestão da Casa Civil, Marco Antonio Horta.

A disputa começou às 14h de segunda-feira e interrompida às 19h. Na terça, recomeçou às 14h e novamente suspenso às 19h. Ontem foi reiniciado às 9h e terminou às 17h45