Título: PT garante que não vai retaliar na Assembléia paulista
Autor: Cristiane Agostine
Fonte: Valor Econômico, 16/02/2005, Política, p. A6

O PSDB tenta isolar os efeitos da derrota do governo na Câmara dos Deputados da disputa que vai mobilizar a escolha do presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, marcada para 15 de março. O PT garante que não haverá retaliação. O líder do PT na Casa, Cândido Vaccarezza, diz que o PT não vai influenciar a oposição pela derrota do governo na esfera federal. "Nunca acreditei que os tucanos fizessem acordo em Brasília" Outro petista, o deputado Adriano Diogo, descarta a hipótese de retaliação. "Temos que ter calma e não colocar a instituição em risco. Não vamos criar clima de vingança." O líder do PSDB, Vaz de Lima, afasta as conseqüências da disputa entre os dois partidos. "Aqui o voto é aberto e o governo dispõe de ampla maioria. Não vai ter o que aconteceu em Brasília." O tucano Edson Aparecido também procura colocar panos quentes: "Vamos tomar todos os cuidados para que (a retaliação) não aconteça." A oposição na Casa é feita pelo PT, com 23 deputados, pelo PCdoB com 2, pelo PMDB com 3 e pelo PP com 2. Com a maior bancada, o PT reclama a indicação do presidente pelo princípio de proporcionalidade. "O certo seria o PT indicar, mas o governador quer fazê-lo", diz Vaccarezza. Já Vaz de Lima afirma que os partidos fizeram um acordo, há três legislaturas, para que o PSDB, por ser o partido do governador Geraldo Alckmin, indicasse o presidente. O PSDB define hoje o candidato à presidência entre Edson Aparecido, Vaz de Lima e Celino Cardoso. O líder petista diz que vai tentar fazer alianças e "não necessariamente vai lançar um candidato".