Título: Ações de empresas do setor sobem em todo o mundo
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 21/05/2008, Especial, p. A12

As ações das companhias ligadas ao setor de exploração de petróleo e gás no Brasil vêm tendo ótima performance mundo afora. Desde o anúncio de Tupi até ontem, os papéis da Petrobras já tiveram valorização de 48%. O mesmo ocorreu com as sócias da estatal no pré-sal - as ações subiram de forma ostensiva.

Os papéis da pequeníssima Galp tiveram alta de 52,95% desde 7 de novembro do ano passado, véspera do anúncio do megacampo. As ações da BG se valorizaram 46,732%. As da americana Hess, que tem 40% de um bloco promissor na Bacia de Santos junto com a ExxonMobil, subiram 84,77%, maior valorização registrada no período.

As potenciais supridoras de equipamentos e serviços, que devem se beneficiar da onda de investimentos no Brasil, também não ficaram de fora e são acompanhadas atentamente por analistas de bancos de investimentos.

As ações da inglesa Wellstream, que produz tubos e linhas flexíveis em sistemas submarinos, subiram 38,31% no período. A brasileira Lupatech, fabricante de válvulas, cabos de ancoragem e outros equipamentos, teve valorização de 36,26%. O diretor-financeiro da Lupatech, Thiago de Oliveira, diz que a empresa, que partiu para agressiva política de aquisições em 2006, viu duplicar seus negócios na área de produção de petróleo em águas profundas. "É o início da colheita de uma safra que plantamos ao comprar empresas que desenvolvem tecnologia para a produção de petróleo em águas profundas."

O mesmo fenômeno de valorização pode ser observado em empresas que operam sondas, como a Pride, Diamond Offshore, Transocean e Noble, só para citar as mencionadas em um relatório do banco Credit Suisse como "vendedoras de serviços".

Outras que não podem ficar de fora são a francesa Coflexip/Technip e a alemã Schulz, tradicionais supridoras de linhas e tubos que conectam os poços até os navios de onde o óleo será levado para a terra. As fornecedoras de equipamentos submarinos para perfurações e instalação, como a FMC (que comprou a brasileira CBV), Halliburton e Schlumberger também ocupam lugar de destaque na lista dos analistas. (CS)