Título: Nova refinaria deve ser no Maranhão
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Fonte: Valor Econômico, 27/05/2008, Empresas, p. B6
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que, pelos estudos efetuados até o momento, a refinaria premium - que a estatal planeja construir para produção de combustível para exportação - pode mesmo ficar no estado do Maranhão. A estatal informou ainda que pretende elevar de 500 mil para 600 mil barris diários nessa futura unidade.
Há duas semanas, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a unidade, que deverá ter capacidade de processar até 500 mil barris por dia, ficaria no Maranhão, informação que não foi confirmada pela estatal.
"Os estudos estão sendo concluídos. Tem várias etapas sendo feitas e as etapas até agora indicam a localização no Maranhão", limitou-se a comentar Gabrielli, que participou do lançamento do Programa de Modernização e Expansão da Frota e de Embarcações de Apoio da Petrobras.
A última refinaria da estatal foi construída em 1980 e uma nova unidade está em fase de construção em Pernambuco, com capacidade para processar 200 mil barris diários a partir de 2011.
Uma outra refinaria está sendo erguida no Rio de Janeiro, com capacidade para transformar 150 mil barris de petróleo pesado brasileiro em insumos petroquímicos. Já a super-refinaria Premium, que deve operar a partir de 2014, será voltada para produção de gasolina e diesel de alta qualidade.
O petróleo fechou em alta ontem, em um pregão de pouca liquidez por conta do feriado nos Estados Unidos. Contribuiu para o aumento na cotação a notícia de novo ataque a instalações petrolíferas na Nigéria. Um grupo militante daquele país disse que atacou um oleoduto da Royal Dutch Shell e matou 11 soldados no Delta do Níger.
O pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias de Nova York não funcionou em razão do feriado do Memorial Day. Também foi feriado no Reino Unido, o que resultou em um volume de negócios menor do que o de costume.
O contrato do tipo Brent para julho terminou a US$ 132,37 o barril, com avanço de 80 centavos de dólar. O contrato de agosto subiu 68 centavos de dólar, fechando a US$ 132,55. Além do conflito na Nigéria, ajudou na alta do preço da commodity a declaração do presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Chakib Khelil, que afirmou que a produção de óleo cru não será elevada, já que a demanda de mercado estaria bem atendida. (Com agências internacionais)