Título: Petróleo contido ajuda a animar bolsas americanas
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Fonte: Valor Econômico, 30/05/2008, Finanças, p. C2

As bolsas americanas fecharam em alta ontem, com uma nova queda do petróleo aliviando os temores inflacionários, enquanto uma revisão para cima do crescimento da economia americana sugeriu que a recessão pode ser evitada.

O índice Dow Jones teve alta de 0,41%, a 12.646 pontos. O Standard & Poor's 500 subiu 0,53%, a 1.398 pontos. O Nasdaq avançou 0,87%, a 2.508 pontos.

Contribuíram para o otimismo os ganhos de quase 8% nas ações da MasterCard após o processador do cartão de crédito elevar sua previsão de lucros de longo prazo.

Empresas financeiras, das quais muitas possuem unidades de cartão de crédito, estiveram entre as maiores quedas deste ano. Mas nesta sessão o setor teve um desempenho melhor do que muitos outros, seguindo o anúncio da MasterCard e o relatório do governo revisando para cima o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o primeiro semestre.

"Os dados em geral estão chegando surpreendentemente melhores do que esperado", disse Steve Goldman, estrategista de mercado da Weeden & Co. " Todo mundo estava dizendo 'recessão, recessão, não há dúvidas', mas os dados vieram apenas beirando uma recessão", complementou o analista.

O principal índice das ações européias fechou em alta nesta quinta-feira, puxado pelo setor de energia depois que o petróleo voltou a romper os US$ 130 por barril. A alta no restante do mercado, porém, foi amenizada pelas preocupações renovadas com o setor bancário.

O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais blue chips do mercado europeu, subiu 0,3%, para 1.330 pontos.

A empresa alemã de serviços públicos E.ON foi o principal destaque positivo, com alta de 2,8%. As petrolíferas British Petroleum e a francesa Total tiveram alta entre 1,2 e 1,5%.

"São as grandes companhias que estão subindo e isso está puxando o mercado para cima. Mas o tom geral ainda é de cautela", disse Andrew Lynch, gestor de carteiras do Schroders.

Os bancos foram mais uma vez a maior influência negativa, liderados pelo Royal Bank of Scotland. As ações da instituição caíram mais de 6% na mínima em meio à preocupação do mercado com a emissão de direitos de ações.

Em Londres, o indicador Financial Times fechou com oscilação negativa de 0,02%, a 6.068 pontos. Na bolsa de Frankfurt, o índice DAX subiu 0,3%, para 7.055 pontos. O CAC-40, de Paris, permaneceu praticamente estável, ao avançar apenas 0,1% (4.975 pontos). Também subiram as bolsas de Milão (0,11%) e Madri (0,3%). A bolsa de Lisboa operou na contramão e registrou queda de 0,47%.