Título: BB começa na habitação com carência inicial
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Fonte: Valor Econômico, 19/06/2008, Finanças, p. C7

O Banco do Brasil anunciou ontem o início das operações de crédito imobiliário dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que usa como fonte de recursos a caderneta de poupança. A medida veio na esteira da autorização formal dada pelo Banco Central na semana passada e dá continuidade à decisão estratégica do BB, de setembro de 2006, de atuar nesse mercado.

Desde o início do ano, o banco já dava os primeiros passos na faixa de mais alta renda, com recursos próprios, e vinha obtendo resultados positivos. Agora entra no segmento de bens avaliados em até R$ 350 mil e passa a oferecer taxas a partir de 8,9 % ao ano, mais a variação da Taxa Referencial (para bens de até R$ 120 mil).

O banco irá financiar até 80% do total da unidade com valores a partir de R$ 20 mil. O prazo máximo é de 20 anos. Esse é justamente um dos atrativos da linha. A longa duração do relacionamento entre o banco e a clientela é um importante instrumento de fidelização.

Para entrar nesse nicho, já bastante concorrido, o banco criou a carência de até seis meses para o pagamento da primeira parcela. Durante esse período, o cliente paga os juros, o seguro e a tarifa de administração do contrato. O BB também opera com a possibilidade de o mutuário escolher um mês a cada intervalo de 12 meses em que não será cobrada a prestação (ele paga a taxa de administração e o seguro, com a parcela sendo transferida para o fim do contrato).

A instituição pretende destinar R$ 1 bilhão para o SFH neste ano. Espera ainda que sejam realizados cerca de 20 mil contratos até o final deste ano, com valor médio de R$ 80 mil por operação. Ao todo, o BB pretende emprestar R$ 2 bilhões em linhas habitacionais este ano.

O banco também lançou ontem o consórcio de imóveis, com prazo de 200 meses para compra de imóveis a partir de R$ 30 mil. Os custos serão de 17% de taxa de administração mais 1% de taxa de administração antecipada (valor diluído nas 10 primeiras prestações). (FT)