Título: Kassab reunirá setor de transportes
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 02/07/2008, Política, p. A10

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), convocou no fim da tarde de ontem o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) e outras entidades do setor para uma audiência sobre os impactos das restrições à circulação de caminhões, iniciadas segunda-feira. Durante a audiência, o prefeito foi informado de que houve perda de produtividade entre 15% e 20% nas entregas e retiradas de mercadorias, conforme levantamento inicial elaborado pelo sindicato.

Segundo Francisco Pelúcio, presidente do Setcesp, a categoria reivindicou, sem sucesso, a suspensão das multas aplicadas: 1.163 na segunda-feira. Para ele, o prefeito está satisfeito com a redução do trânsito verificada na cidade desde que as medidas entraram em vigor. O argumento do sindicato foi o de que faltou divulgação prévia das restrições. "Ficamos de conversar no começo da semana que vem", informou Pelúcio.

Ontem, a adversária de Kassab nas eleições de outubro, Marta Suplicy (PT), recebeu apoio formal da CUT. Ela participou de encontro com dirigentes da central e representantes dos 18 sindicatos ligados à entidade na capital paulista. Segundo o presidente da CUT em São Paulo, Edilson de Oliveira, a previsão é que outras centrais, como a Força Sindical e a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) também apóiem Marta, uma vez que são ligadas ao PDT e ao PC do B, partidos que se coligaram ao PT. "Isso é um fato inédito. Nem o presidente Lula teve o apoio das três quando concorreu", afirmou. Ele disse ainda que que a expectativa é que toda a liderança da CUT trabalhe na campanha petista. "Não vamos falhar com a Marta", afirmou.

Após o evento, ela seguiu para um seminário sobre segurança urbana e ação social, no qual fez criticou a gestão Kassab na prefeitura por, segundo ela, ter desmontado ações na área de segurança. Assim como no lançamento oficial de sua campanha domingo, a petista voltou a falar que um eventual governo seu priorizará as classes baixas e média da população. "Vamos sustentar a ascensão da nova classe média formada nesses últimos anos graças a políticas e programa do presidente Lula, para que esta ascensão não seja fugaz, mero fenômeno de fim de semana", disse. (Com agências noticiosas)