Título: Setor naval reivindica reserva de mercado
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 01/08/2008, Brasil, p. A5

As indústrias navais brasileira e argentina querem garantir uma reserva de mercado para suas embarcações na hidrovia Paraguai-Paraná e em projetos oficiais na aquisição de embarcações civis e militares. A reivindicação faz parte de documento que será encaminhado pelo setor aos governos dos dois países na segunda-feira, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cristina Kirchner, em Buenos Aires.

"Há uma perspectiva muito positiva de negócios na hidrovia Paraguai-Paraná, que vai requerer pelo menos 500 novas embarcações nos próximos cinco anos", afirmou o vice-presidente da Federação da Indústria Naval Argentina (Fina), Horacio Martinez. Atualmente passam pela hidrovia cerca de 1,2 mil embarcações, que levam perto de 13 milhões de toneladas de carga, a maior parte minério de ferro e soja, até os portos argentinos e uruguaios para exportação.

A Fina e o sindicato que reúne as indústrias brasileiras, o Sinaval, assinaram um acordo-marco de cooperação em 11 de julho, no qual pedem estímulo dos governos ao processo de recuperação do setor. O acordo prevê atividades conjuntas nas áreas de construção e reparos, troca de informações sobre oportunidades de negócios na região, cooperação para capacitação técnica e um acordo entre os dois países para concessão de garantias em contratos de exportação.

Juan Antonio Torresin, presidente da Fina, lembra que o setor está crescendo no Brasil e na Argentina, depois de quase desaparecer nos anos 90. Por outro lado, sofre a concorrência das importações asiáticas e de embarcações usadas compradas dos EUA. (JR)

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