Título: UBS vai acabar com privilégios em seu banco de investimentos
Autor: Mollenkamp , Carrick
Fonte: Valor Econômico, 13/08/2008, Finanças, p. C1

O UBS AG alardeou por anos que teria uma máquina de produzir receitas com a operação conjunta de um banco de investimento e um banco private para clientes ricos. Ontem, o gigante suíço admitiu que foi uma idéia ruim.

Numa tentativa de diminuir suas ambições e assumir menos riscos, o UBS informou que planeja ser mais rigoroso com o seu banco de investimento. Acabaram alguns dos privilégios especiais que permitiam ao banco de investimentos tomar dinheiro emprestado de outras divisões do UBS a baixo custo.

O novo presidente da divisão, Jerker Johannson, vai responder mais pelos resultados dela, mas também será liberado de ter de passar tempo no banco private e na divisão de administração de recursos do UBS. Sua remuneração, e a de seus diretores, será mais atrelada ao desempenho do banco de investimento.

As mudanças representam o golpe mais recente contra os defensores do conceito de "banking universal", que entrou em voga durante os anos 90 com o argumento de que os bancos podiam reunir vários produtos e serviços diferentes sob um único guarda-chuva financiado a preço de banana. A idéia desmoronou em meio à crise de crédito, deixando bancos como Citigroup e UBS em busca de um novo direcionamento.

Embora o banco vá continuar estimulando o banco private e o de investimentos a compartilhar clientes, a concessão de que a estratégia fez o banco assumir risco excessivo foi vista internamente como uma capitulação dramática e decepcionante. O presidente do conselho, Peter Kurer, diz que a velha estrutura era a errada para dirigir um banco grande, global, em Zurique, Londres e Nova York.

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