Título: Azul pode receber 5 jatos em dezembro
Autor: Campassi, Roberta
Fonte: Valor Econômico, 21/08/2008, Empresas, p. B4

O presidente da Embraer, Frederico Curado, disse ontem que a fabricante entregará cinco jatos do modelo EMB 195 para a Azul Linhas Aéreas em dezembro, segundo a Folhapress. Anteriormente, era prevista a entrega de apenas três até o fim do ano. A companhia aérea, idealizada pelo empresário americano David Neeleman, se esforça para acelerar a chegada de aviões e o início dos seus vôos numa tentativa de ganhar fôlego contra a concorrência.

Gianfranco Beting, diretor de marketing da Azul, informou que a negociação com a Embraer não está fechada e, oficialmente, serão entregues três aviões em dezembro. Mas a aérea vem negociando a aceleração das entregas de aeronaves novas e ainda a incorporação de equipamentos de outras companhias que voam com aviões da fabricante brasileira. A Azul estuda, por exemplo, utilizar aviões do modelo EMB 190 que estão em uso pela JetBlue, empresa aérea americana que também foi fundada por Neeleman, em 1999.

Segundo Beting, o número de aeronaves que a Azul terá no início de suas operações ainda não está fechado. No mercado de aviação, existe um consenso de que são necessárias pelo menos seis aeronaves para viabilizar operações rentáveis. Em entrevista ao Valor, na semana passada, o executivo disse que a companhia estudava formas de chegar a ter 16 aeronaves ao fim do primeiro ano de operação. A Azul tem uma encomenda firme de 36 aviões EMB 195, com capacidade para 118 passageiros, e mais 40 opções de compra.

A Azul acredita que, quanto mais vôos tiver, mais difícil será para concorrentes grandes como TAM e Gol investirem pontualmente contra ela.

Quando foi lançada, em março, a empresa planejava começar a voar em janeiro de 2009. Na semana passada, Neeleman declarou que a estréia poderia ser antecipada para novembro ou dezembro.

Para iniciar seus vôos, porém, a Azul precisa concluir os requisitos necessários para obter o Certificado de Homologação de Transporte Aéreo (Cheta) com a Agência Nacional de Aviação Civil. Só depois de ter esse documento, a companhia poderá assinar o contrato de concessão com a agência e pleitear horários de vôo nos aeroportos.