Título: Acordo militar trará Sarkozy ao País
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 23/09/2008, Nacional, p. A5

Itapemirim (ES), 23 de Setembro de 2008 - O Plano Nacional de Defesa, inicialmente previsto para ser anunciado em 7 de setembro, será divulgado até o fim de outubro, disse ontem o ministro da Defesa, Nelson Jobim. O ministro também anunciou que a decisão sobre o acordo de cooperação militar com a França já foi tomada pelo governo e o pacto será assinado no fim do ano, durante uma visita do presidente francês ao Brasil. Jobim reconheceu que as Forças Armadas precisam de equipamentos novos para cumprir suas funções. "É evidente que precisam. Creio que até o fim de outubro devemos anunciar o Plano Nacional, que vai demonstrar claramente o tipo de modelo que temos de discutir", disse Jobim, na cidade de Itapemirim, no Espírito Santo, onde acompanhou demonstrações da Operação Atlântico, que simula uma guerra pelo controle da infra-estrutura petrolífera dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu submeter o plano de defesa ao Conselho de Defesa Nacional, que vai se reunir no início de outubro. Segundo Jobim, no fim de dezembro o presidente da França, Nicolas Sarkozy, virá ao País para assinar um acordo militar que envolve transferência de tecnologia para a conclusão do projeto de construção do submarino a propulsão nuclear. O submarino nuclear é uma das prioridades do Brasil, depois da descoberta de reservas petrolíferas na área do pré-sal. "O Brasil dispõe do controle do combustível. O acordo com a França é a construção da parte não nuclear do submarino", disse o ministro a jornalistas. "O presidente Sarkozy virá ao Brasil no fim do ano e deve assinar o acordo estratégico em 22 ou 23 de dezembro", acrescentou Jobim. Segundo o ministro, além da parceria na construção do submarino nuclear, o acordo com a França também inclui a fabricação de helicópteros militares numa das fábricas da Helibrás e a capacitação de tropas do Exército. (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 5)(Reuters)