Título: Zona Franca luta para eliminar o déficit até 2007
Autor: Patrícia Nakamura
Fonte: Gazeta Mercantil, 20/09/2004, Primeira Página, p. A-1

Trunfo é garantia de demanda para componentes. A Zona Franca de Manaus (ZFM) luta para alcançar, entre 2006 e 2007, o equilíbrio de sua balança comercial. Para isso, tenta atrair novas fábricas de componentes e, assim, reduzir o volume de importações. De acordo com informações da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), nos primeiros sete meses do ano, as exportações das empresas instaladas na ZFM somaram US$ 556,6 milhões, enquanto as importações foram de US$ 2,25 bilhões, gerando um déficit da ordem de US$ 1,6 bilhão - 45% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. "O objetivo é atrair fabricantes de componentes de equipamentos que já fornecem às empresas da região. Dessa forma, existe garantia da demanda, o que justifica os investimentos em novas linhas de produção", afirma o superintendente-adjunto de projetos da Suframa, Oldemar Ianck.A mira da Suframa está voltada para os produtores dos chamados componentes discretos - como bobinas, transformadores, microventiladores, minicaixas de som, entre outros - que, ao se instalarem na ZFM, podem dar boa contribuição para a substituição de importações. De acordo com a superintendente da Suframa, Flavia Grosso, a partir da aprovação de um novo projeto pelo conselho de administração da Suframa, que autoriza a concessão de incentivos fiscais, os aportes podem ser feitos ao longo de três anos e a produção pode começar em 12 meses.

"Há tempo suficiente para que a balança comercial da região encontre equilíbrio. Por isso, foi importante a prorrogação dos incentivos da ZFM até 2023, que é um chamariz para novos empreendimentos", disse Flavia Grosso.

Cita-se o caso da catarinense WEG, que passará a produzir motores elétricos para ar-condicionado em Manaus. As obras já começaram e, até meados do ano de 2005, a nova unidade deve iniciar a produção.