Título: Mercado espera por popularização
Autor: Nicoletta, Costábile
Fonte: Gazeta Mercantil, 01/10/2008, Comunicação, p. C5

São Paulo, 1 de Outubro de 2008 - A televisão está presente em praticamente todos os lares do País. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o meio de comunicação que chega a 99,84% dos municípios e está presente em 91,4% dos domicílios. Ainda hoje, é uma das opções de entretenimento mais baratas. Não é à toa, portanto, que os telespectadores se preocupem em melhorar a qualidade da imagem que chega a seu aparelho. Na década passada, nas áreas em que a recepção pelas antenas convencionais era ruim, recorria-se a antenas parabólicas a fim de melhorá-la. Nos grandes centros, não é raro os telespectadores ainda se valerem de palhas de aço instaladas na ponta da antena interna de seu televisor, como último recurso para, pelo menos, atenuar os chuviscos e fantasmas que acompanham a programação. Questão de imagem No início dos anos 1990, a televisão por assinatura começou a ganhar corpo no Brasil. Um de seus principais diferenciais era a qualidade da imagem, mesmo nos locais em que a TV aberta não apresentava boa recepção de sinais. Além disso, o modelo por assinatura oferecia a possibilidade de assistir a canais de filmes e de esportes - principalmente futebol, outra paixão do brasileiro - não disponíveis até então. Muitos consumidores acreditaram que poderiam aposentar suas antenas convencionais ou parabólicas e decidiram trocá-las por receptores de televisão por assinatura. As projeções que se faziam à época eram de crescimento exponencial. Algo como 10 milhões de clientes alguns anos após o lançamento da TV paga. Hoje, quase 20 anos depois, as empresas do setor contabilizam apenas um pouco mais da metade da quantidade de usuários que se esperava, conforme dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 5)(Costábile Nicoletta)