Título: Resultado reflete alta da Selic
Autor: Monteiro, Viviane
Fonte: Gazeta Mercantil, 03/10/2008, Nacional, p. A5

3 de Outubro de 2008 - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, atribuiu a redução da produção industrial em agosto em relação ao mês anterior ao aumento da taxa de juros (Selic) e à redução da demanda, uma vez que a economia brasileira vinha apresentando crescimento robusto. "Eu atribuo o fato de termos crescido muito anteriormente, ao aumento do juro (Selic) e redução da demanda, uma coisa natural", disse o ministro ao comentar os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a produção industrial que registrou queda de 1,3% em agosto em relação ao mês anterior. Miguel Jorge descartou que o governo pretenda facilitar o crédito para o varejo e para o consumidor. Segundo ele, a crise internacional até agora não teve efeitos sobre a economia real do país. "Por enquanto, não temos a crise que vocês querem que eu diga que exista", ressaltou o ministro, que participou do lançamento da II Bienal Brasileira de Design, que será aberta dia 8, em Brasília. Para o ministro, ainda não é possível prever o efeito sobre as exportações brasileiras da alta do dólar, que hoje fechou a R$ 2,02. Apesar de o governo ter ampliado, na semana passada, a meta de exportações em 2008 para US$ 202 bilhões, ele evitou comentar se o ministério contava com essa elevação no câmbio para impulsionar as vendas externas. Ele disse que não poderia adiantar nenhuma das medidas de melhoria de crédito a exportadores em estudo pelo governo. Ele descartou programas para manter o fluxo de Adiantamentos de Contrato de Câmbio (ACC). (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 5)(Viviane Monteiro e Agência Brasil)