Título: Greve dos bancários atinge mais de 3,5 mil agências
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Fonte: Gazeta Mercantil, 10/10/2008, Nacional, p. A6
São Paulo, 10 de Outubro de 2008 - A greve dos bancários atingiu 3.570 agências bancárias em todas as capitais e grandes cidades, além de grande parte dos centros administrativos de bancos em São Paulo, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, informou na noite de ontem a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT). A paralisação da categoria, em campanha salarial, começou na última quarta-feira, após decisão em assembléias realizadas em todo o País na noite de terça-feira, dia 7. No final da tarde de ontem, os bancários de São Paulo, Osasco e região decidiram manter a greve nesta sexta-feira e na próxima segunda-feira. De acordo com o sindicato da região, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) não reabriu as negociações com a categoria. Em nota, a Fenaban, braço sindical da Febraban, informou que "reitera seu interesse na continuidade das negociações com a categoria bancária". A entidade representativa dos bancos informou ainda que pretende adotar medidas judiciais para garantir o direto de acesso dos clientes às agências. "Os bancos têm o dever de assegurar o direito de acesso às agências por parte de clientes, funcionários e do público em geral. Para tanto, devem utilizar recorrer a todas as medidas judiciais necessárias para proteger esse direito", diz a nota. Os bancários de São Paulo pararam ontem 744 agências e 11 centros administrativos. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região estima a adesão de 35.150 trabalhadores à greve, o que representa 29,3% dos 120 mil trabalhadores da base. Os bancários realizam hoje uma passeata pela região central da cidade a partir das 15 horas, saindo da Bolsa de Valores de São Paulo, na rua 15 de Novembro. Em assembléia na segunda-feira, devem definir os próximos passos da campanha salarial. A categoria quer aumento real de 5% (além da inflação de 7,15%), valorização dos pisos, auxílio-creche de R$ 415, vale-refeição de R$ 17,50 por dia, além de PLR (participação nos lucros e resultados) equivalente a três salários mais valor fixo de R$ 3.500. Os bancários rejeitaram, no dia 29 de setembro, proposta que já havia sido rechaçada pelo comando nacional da categoria na mesa de negociação com os banqueiros que previa reajuste de 7,5% e PLR menor do que a paga em 2007. (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(Redação)