Título: Dólar ignora ações do BC e dispara 4,42%
Autor: Góes, Ana Cristina
Fonte: Gazeta Mercantil, 13/10/2008, Finanças, p. B2

São Paulo, 13 de Outubro de 2008 - A semana inicia repleta de indicadores econômicos no Brasil e nos Estados Unidos. Hoje, o destaque fica para a divulgação do orçamento do Tesouro norte-americano referente ao mês de setembro. Amanhã, na Europa, o mercado monitora os números da produção industrial de agosto. Na quarta-feira, os norte-americanos voltam as atenções para a divulgação do Livro Bege, do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). O relatório traz informações sobre o desempenho da economia em vários estados e serve como base para a autoridade monetária definir o rumo da taxa básica de juros, os chamados Fed Funds, atualmente em 1,5% ao ano. Outros anúncios importantes nos Estados Unidos são o relatório semanal dos estoques de petróleo e o Índice de Preços ao Produtor de setembro, que mede a inflação no atacado. Na Europa será divulgada a inflação da zona do euro. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela a pesquisa de agosto do comércio. Na quinta-feira, o mercado de Wall Street monitora o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de setembro e os números da produção industrial de setembro. E no último dia da semana, os norte-americanos ficam conhecendo os números preliminares do índice de confiança de Michigan e o mercado doméstico opera de olho no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe. No último pregão da semana na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar comercial disparou 4,42% para R$ 2,315 na venda, apesar da intervenção do Banco Central (BC). A autoridade monetária realizou três leilões de dólar à vista sem compromisso de recompra e um leilão de swap cambial. A moeda norte-americana acumula ganhos de 11,39% na semana, 19,52% no mês e 29,12% no ano. "Não existe falta de dólares no mercado à vista, o que existe é um movimento especulativo. O que podemos esperar para esta semana é muita volatilidade", avalia o gerente de câmbio do Banco Prosper, Jorge Knauer. No mercado de juros futuros negociados na BM&F, os contratos DI encerraram o último pregão da semana em alta. O DI de janeiro de 2010, o mais líquido, registrou taxa anual de 15,03%, ante 14,76% do ajuste anterior. No curto prazo, o contrato de novembro caiu de 13,69% para 13,64% ao ano. O DI de dezembro ficou estável, com taxa de 13,79%. Janeiro de 2009 fechou com taxa anual de 13,96%, frente aos 13,97% do último ajuste. (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(Ana Cristina Góes)