Título: Odebrecht prepara saída do Equador
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 15/10/2008, Internacional, p. A11

Quito e Brasília, 15 de Outubro de 2008 - A construtora Norberto Odebrecht já está trabalhando na desmobilização e entrega das obras no Equador que tiveram seus contratos suspensos por decreto do presidente Rafael Correa, segundo informou a assessoria da empresa em Quito, capital equatoriana. Somados, os quatro contratos rompidos chegam ao montante de US$ 712 milhões.

Os negócios que a construtora deixará de tocar no país são as hidrelétricas de São Francisco, Toachi-Pilatón e Baba, o projeto de irrigação Carrizal-Chone e o aeroporto regional de Tena.

Os diretores da empresa que tiveram os seus vistos cassados pelo governo do Equador, Fabio Andreani Gandolfo, Fernando Bessa, Luiz Antonio Mameri e Eduardo Gedeon, também já se preparam para voltar ao Brasil nas próximas 48 horas, conforme estipulado pelo decreto. A suspensão dos direitos constitucionais dos diretores da Odebrecht no país, decretada em 28 de setembro, foi revogada.

Segundo a assessoria da Odebrecht em Quito, as obras das hidrelétricas de Toachi-Pilatón e Baba e o projeto de irrigação Carrizal-Chone empregavam mais de três mil pessoal. O sistema de irrigação estava previsto para ser entregue em setembro de 2009 e já tinha 43% da obra realizada. O valor contratado era de US$ 84,88 milhões. Já a hidrelétrica Baba, no valor contratual de US$ 227 milhões, estava com 44% da obra feita e previsão de entrega para agosto de 2010.

Para a usina Toachi-Pilatón, o contrato firmado em dezembro de 2007 foi no valor de US$ 366 milhões. A previsão de entrega era em 2012. O aeroporto de Tena, por sua vez, foi contratado por US$ 34,7 milhões. A obra estava prevista para começar em 1º de setembro deste ano, com prazo de entrega para março de 2010. Por enquanto, a construção ainda estava em fase de preparação do local para início das obras civis.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 11)(Agência Brasil)