Título: Programa recebeu R$ 41 bi em 5 anos
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 22/10/2008, Nacional, p. A5

Brasília, 22 de Outubro de 2008 - O Programa Bolsa Família completou ontem cinco anos. Criado em outubro de 2003 pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o programa beneficia quase 11 milhões de famílias e recebeu, nesse período, cerca de R$ 41 bilhões. O Bolsa Família tem o objetivo de apoiar as famílias mais pobres e garantir o direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde, por meio da transferência de renda.

Segundo o diretor do Departamento de Operações do MDS, Antônio Carlos de Oliveira Junior, indicadores mostram que 94% das crianças beneficiadas passaram a fazer três ou mais refeições por dia. Em 70% dos lares, a quantidade e a qualidade de alimentos consumidos aumentaram. Entre 2004 e 2006, a insegurança alimentar grave caiu 25%, reduzindo em 30% o risco de desnutrição na região do semi-árido. "Então, você tem um recurso que é transferido para a família, onde 95% dos lares beneficiados quem é o responsável legal é a mãe. Com isso, o dinheiro na mão da mãe rende muito mais para a família", acrescenta.

Oliveira ressalta que a manutenção das crianças nas escolas tem tido uma frequência satisfatória - em torno de 85% -, contribuindo para aumentar o vínculo familiar.

O registro e a execução da transferência de renda é feita pelos municípios. Cabe às prefeituras realizarem o cadastramento das famílias. "É um sistema que deve ser atualizado diariamente para que o cadastro das famílias seja mantido. Caso alguma família não contribua para a atualização do cadastro e nem atinja as metas estabelecidas, ela é desligada do projeto", disse Oliveira.

Os valores do benefício, destinado a famílias com renda de até R$ 120,00 por pessoa, variam de 20 a R$ 182, de acordo com a renda mensal por pessoa da família. Oliveira descarta a possibilidade de que as famílias deixem de procurar emprego para viver somente do Bolsa Família. "O salário mínimo é insuficiente para manter uma família numa situação digna", ressaltou.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 5)(Agência Brasil)