Título: ONGs e governo querem proteção da caatinga
Autor: Ottoboni, Júlio
Fonte: Gazeta Mercantil, 30/10/2008, Nacional, p. A6
São Paulo, 30 de Outubro de 2008 - Ao contrário do que ocorre na Amazônia, biomas como a caatinga não sofrem monitoramento contínuo. Algumas parcerias firmadas entre Organizações Não Governamentais (ONG) e governo federal começam, entretanto, a despertar atenção para essa deficiência. Ontem em Brasília o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a ONG The Nature Conservancy (TNC) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) firmaram um plano de ação que, via criação e consolidação de Unidades de Conservação (UCs) na caatinga, pretende aumentar a área de proteção integral desse bioma, predominante na região Nordeste do País.
Apesar de a caatinga ser o único bioma exclusivamente brasileiro, só 7% de sua área está protegida com UCs federais e estaduais. "O pior é que só 1% do território total conta com proteção integral, uma vez que 6% são resguardados via Área de Proteção Ambiental (APA), um tipo de UC que tem regras menos rígidas", afirma Ana Cristina Barros, representante da TNC no Brasil.
O evento marcou ainda o lançamento do primeiro Mapa das Unidades de Conservação e Terras Indígenas do Bioma Caatinga. "Com ele, sistematizamos informações importantes -- localização, tipo e número de unidades, estágio de conservação da caatinga, etc. -- para os setores público e privado programarem melhor seus investimentos", diz Ana Cristina.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(Sônia Salgueiro)