Título: Investimentos em etanol vão continuar, garante Lobão
Autor: Moraes,Sonia
Fonte: Gazeta Mercantil, 18/11/2008, Agronegócio, p. B11

São Paulo, 18 de Novembro de 2008 - Apesar da crise que afeta o mundo, o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, garantiu que as perspectivas de investimento em etanol, em médio e longo prazos, estão mantidas no Brasil. Na Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, que vai até sexta-feira em São Paulo, o ministro afirmou que nenhum país no mundo tem uma matriz energética tão limpa e renovável quanto o Brasil. "O Brasil vai mostrar ao mundo como colher idéias e sua capacidade de compatibilizar a produção de alimentos com a de biocombustíveis", acrescentou o ministro.

Ele rebateu críticas, que considera infundáveis, sobre a penetração do empresariado brasileiro no campo dos biocombustíveis. "O governo esteve inabalavelmente no começo desta política e inabalavelmente ele se mantém a despeito da crítica. Não temos motivo para ter receio do futuro e do presente, estamos cumprindo o nosso papel", afirmou Lobão.

O ministro ressaltou que está recebendo neste governo críticas, mas que está prosseguindo com a política de biocombustíveis. "Amanhã não poderão nos acusar de estarmos contribuindo para a poluição do meio ambiente. Se há um país que cuida do meio ambiente esse país é o Brasil", reforçou. "Nós não recebemos lições de qualquer que seja nesta matéria porque cumprimos rigorosamente o nosso papel e o nosso dever".

Agricultura

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, também presente no evento, aproveitou o tema central para reafirmar a sustentabilidade da produção nacional de etanol. "Esta conferência é um fórum técnico, em que o Brasil vai mostrar, de forma transparente, que é líder na produção de energia limpa, alimentos e excedentes e que tudo isso é feito de forma sustentável", enfatizou o titular da pasta da Agricultura.

Stephanes afirmou ainda que o aumento expressivo da produtividade do etanol deve-se, em grande parte, a uma rede de pesquisa no País formada por universidades, instituições privadas e públicas. "Antes, eram três mil litros de etanol por hectare de cana-de-açúcar, hoje são seis mil e, em cinco anos, pretendemos chegar a 15 mil litros por hectare", informou.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 11)(Sonia Moraes)