Título: Casos em sete estados
Autor: Borba, Julia
Fonte: Correio Braziliense, 13/03/2011, Brasil, p. 8/9

No fim do ano passado, hospitais de pelo menos sete estados das regiões Centro-Oeste, Sul, Sudeste e Nordeste registraram casos de infecções causadas pela superbactéria KPC, sigla usada para designar a Klebsiella pneumoniae carbapenemase. Estudos indicam que a KPC surgiu em 2000 nos Estados Unidos. Os cientistas a consideram uma superbactéria por que devido a mutações genéticas o organismo resiste a antibióticos geralmente usados para controlar cepas com características semelhantes a da KPC. O uso indiscriminado de remédios teria ocasionado as alterações na bactéria. No ano passado, o Ministério da Saúde informou que os surtos da superbactéria estavam restritos ao ambiente hospitalar.

Pacientes internados em hospitais do Distrito Federal, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraíba, Espírito Santo, Paraná e Bahia foram diagnosticados com infecções secundárias por KPC, em meados de outubro de 2010. O ambiente hospitalar é considerado local propício para a disseminação da bactéria, porque os pacientes já apresentam baixa no sistema imunológico e são acessado por dezenas de profissionais de saúde que fazem atendimentos múltiplos, aumentando o risco de propagação da KPC.

Menina em recuperação O bebê de Nova Iguaçu que teve a mão decepada continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Ele está se recuperando da cirurgia realizada durante a semana passada. De acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde, a menina está consciente, responde a estímulos e se alimenta normalmente. Ainda segundo o órgão, ela foi atendida por cirurgiões plásticos e, apesar da reação positiva da paciente, não tem previsão de alta.

A criança de três meses foi levada ao hospital pela mãe com o ferimento e, depois de alguns depoimentos tomados pela polícia, a tia do bebê é considerada a principal suspeita pelo crime. Para o delegado que cuida do caso, a mulher negou a autoria, mas caiu em contradições várias vezes. O motivo, acredita o policial, era ciúmes da irmã.

A mãe da menina também foi ouvida pela polícia. Ela contou que deixou o bebê e o filho de 9 anos na casa de uma vizinha enquanto ia ao mercado. Quando voltou, segundo a mãe, a criança estava machucada.

A polícia foi até o terreno onde vivem as duas famílias, em Nova Iguaçu, e encontrou uma faca enterrada no local. As autoridades desconfiam que a arma tenha sido usada para cortar a mão do bebê, mas somente um laudo, que fica pronto em 15 dias, pode confirmar a suspeita.