Título: Siderúrgicas mundiais produzem 12,4% menos em outubro
Autor: Collet,Luciana
Fonte: Gazeta Mercantil, 21/11/2008, Empresas, p. C1
São Paulo, 21 de Novembro de 2008 - A produção mundial de aço ficou em 100,5 milhões de toneladas em outubro, o que representa uma queda de 12,4% em relação a igual mês de 2007 e de 6,9% ante setembro passado, conforme levantamento realizado pela Associação Mundial do Aço (Worldsteel), com base em dados dos 66 países-membros que respondem por 85% do que é produzido em todo mundo.
A queda já demonstra o impacto da crise financeira no setor siderúrgico em todo o mundo, a começar pela China, principal produtor mundial, que em outubro produziu 35,9 milhões de toneladas de aço, 17% menos ante igual período de 2007 e 9,4% abaixo do fabricado em setembro. A redução foi ligeiramente superior à registrada nos Estados Unidos, onde a produção siderúrgica caiu 16,8%, para 7,05 milhões de toneladas, volume 9% menor ante o mês anterior.
Entre os dez primeiros produtores mundiais de aço - China, Japão, Estados Unidos, Rússia, Índia, Coréia do Sul, Alemanha, Ucrânia, Brasil e Itália (conforme o acumulado até outubro passado) - apenas a Índia e a Coréia registraram alta no volume produzido mês passado, de 3,8% e 5,9%, respectivamente. A maior queda foi registrada pela Ucrânia, onde a produção caiu 48,7%, para 1,8 milhão de toneladas, seguida pela Rússia, com queda de 27,1%, para 4,5 milhões de toneladas.
O Brasil registrou a menor queda desse grupo de países, de 0,1%, para 2,89 milhões. A leve redução é decorrência de paradas programadas ou antecipadas nas usinas, segundo explicou, no mês passado, o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS).
O resultado negativo no mês de outubro ainda não gerou o impacto significativo no acumulado do ano. Em dez meses, a produção somou 1,13 bilhão de toneladas, volume 2,9% superior ante o verificado no mesmo período do ano passado. Somente a China produziu 427,3 milhões de toneladas até outubro, alta de 3,9% comparado com igual período de 2007. Já os Estados Unidos acumulam aumento de 1,8%, para 83,03 milhões de toneladas, enquanto o Brasil somou 29,7 milhões de toneladas, volume 6,9% maior.
Entre as regiões que mais cresceram estão a América do Sul, com alta de 5,2%, e os produtores emergentes europeus, como a Turquia, a Sérvia e a Bósnia, com alta de 7,6%. Mas a maior contribuição vem da Ásia, que cresceu 3,9% no período.(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 1)(Luciana Collet)