Título: Base do governo insiste em votar projeto ainda este ano
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 28/11/2008, Política, p. A9

Brasília, 28 de Novembro de 2008 - A base aliada ao Palácio do Planalto vai insistir na votação da reforma tributária ainda neste ano. Foi o que informaram ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), líderes e representantes de partidos governistas. Durante reunião ontem com Chinaglia, eles também pediram que o presidente da Casa tente um acordo com as lideranças da oposição, que querem adiar a votação do texto para março do ano que vem.

O líder do PR, Luciano Castro (RR), trabalha com a idéia de que se vote ainda neste ano o texto principal da proposta, deixando os destaques para o ano que vem. Para isso, ele disse que a base aliada deverá estar em plenário já na sessão de segunda-feira, convocada pelo presidente da Câmara. "Estaremos aqui, teremos reuniões e já vamos começar a trabalhar de segunda a quinta", ressaltou. Quanto à conclusão da votação das PECs da reforma, em dois turnos, Castro ressaltou que não é possível dizer se há compromisso para que ocorra em fevereiro ou março do próximo ano, "até porque será um outro presidente da Câmara, e ele é quem define a pauta". O deputado afirmou ainda que as divergências dentro da própria base sobre a reforma são naturais em um tema tão complexo como esse e serão resolvidas nas emendas e destaques à proposta.

Como a oposição deve obstruir os trabalhos por não concordar com a reforma tributária, a estratégia da base aliada traz o risco de que a Câmara vote poucas matérias nas últimas semanas do ano.

No entanto, Chinaglia afirma não temer prejuízos para a avaliação de seu mandato à frente da Casa. "Nós temos medidas provisórias que impõem que sejam votadas, pelas regras. E o segundo item após as medidas provisórias será a PEC da alteração do trâmite das medidas provisórias. Portanto, ao concluirmos a votação da alteração do trâmite de medidas provisórias, eu pessoalmente já estarei bastante contemplado, porque acho que nós estaremos fazendo um bem ao Parlamento, um bem ao País", acrescentou.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(Agência Câmara)