Título: Sindicalistas pedem garantias ao governo
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 04/12/2008, Brasil, p. A6
Brasília, 4 de Dezembro de 2008 - Representantes das centrais sindicais pediram ontem ao governo que conceda empréstimos públicos a empresas, desde que elas garantam a manutenção dos postos de trabalho. O pedido foi feito durante reunião com o ministro Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência da República no Palácio do Planalto.
Temendo demissões por causa da crise financeira mundial, a manutenção do emprego foi o principal tema da 5 Marcha da Classe Trabalhadora, promovida ontem em Brasília por seis centrais sindicais, entre as quais a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical.
De acordo com o presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, será marcada uma reunião entre os sindicalistas e os presidentes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo o deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Perreira da Silva (PDT-SP), a principal preocupação dos trabalhadores é a manutenção do emprego. "A crise internacional afetou profundamente a questão do emprego e começam a ocorrer demissões", disse ele.
Também está na pauta de reivindicações das centrais sindicais a redução dos juros, a diminuição do superávit primário, a correção da tabela do Imposto de Renda e o aumento de seis para dez das parcelas do seguro desemprego.
O presidente da CUT ressaltou que existe também uma pauta de reivindicações específica para o Congresso Nacional, pois há projetos de interesse dos trabalhadores tramitando nas duas Casas (Câmara dos Deputados e Senado). Um dos projetos é o que reduz a jornada de trabalho de 40 para 35 horas semanais.
Além de manifestações como a marcha pela Esplanada, a mobilização dos trabalhadores inclui reuniões entre os dirigentes das centrais e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Garibaldo Alves Filho (PMDB-RN), e com os ministros Carlos Lupi, do Trabalho; José Pimentel, da Previdência Social; Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência da República; e Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(Agência Brasil)