Título: Jirau: irregularidades começaram após leilão
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 04/12/2008, Direito Corporativo, p. A9

4 de Dezembro de 2008 - A promotora de Justiça de Rondônia Aidée Maria Moser Torquato Luiz, que junto com o procurador regional da República Heitor Alves Soares sustentou na Justiça Federal a ilegalidade da licença para início das obras de Jirau, afirmou ao jornal Folha de Rondônia que as irregularidades da segunda hidrelétrica do Rio Madeira começaram no momento em que foi anunciado o resultado do leilão para a construção dessa usina.

"Até se chegar ao leilão de Jirau e ao respectivo licenciamento ambiental para a obra foram necessários longos estudos, de muitos anos. Então, à revelia de qualquer análise técnica e apenas anunciando que a mudança de local seria pretensamente melhor, o consórcio vencedor da obra definiu mudanças radicais no projeto original. Foi uma decisão absurda, ilegal, que ignorou os termos da concorrência pública e do próprio leilão", disse a promotora.

O consórcio vencedor do leilão, o Enersus, anunciou em entrevista coletiva na sede da Aneel, imediatamente após a proclamação do resultado, que iria construir a hidrelétrica na localidade de Cachoeira do Inferno, distante 12 quilômetros de Jirau, local originalmente previsto nos estudos realizados durante cinco anos e que orientaram a licitação.(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(Porto Velho)