Título: Ex-secretário Maciel diz que atividade não é mais importante que outras
Autor: Feltrin,Ariverson ; Oliveira,Wagner
Fonte: Gazeta Mercantil, 04/12/2008, Transporte, p. C8

4 de Dezembro de 2008 - Sob o ponto de vista de arrecadação, o carro novo não tem a mesma força que a indústria que o origina. Baseado no Imposto sobre Propriedade Industrial (IPI) no mês de outubro, veículos novos ficaram na terceira posição em arrecadação.

Em outubro, o IPI sobre um conjunto de produtos classificados pela Receita Federal como `outros¿ arrecadou R$ 1,609 bilhão, seguido por produtos importados, com R$ 1,177 bilhão. O IPI arrecadado com carros vem a seguir, com R$ 597 milhões, fumo, com R$ 247 milhões, e bebidas, com R$ 166 milhões.

Estes dados foram fornecidos pelo ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, também colunista da Gazeta Mercantil. De acordo com Maciel, a arrecadação do governo federal atingiu em outubro R$ 45,6 bilhões, e o IPI sobre veículos novos neste montante foi de 1,3%. Por este ponto de vista, ele diz que não é defensável que se priorize ajuda a um setor em detrimento de outro. "O setor automotivo é muito importante, mas não mais do que outros", afirma. "Uma arrecadação se faz com a contribuição de todos", diz. Do total arrecadado com o IPI, a União fica com 43% dos tributos e o restante é repartido entre estados e municípios.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, afirma que a indústria automobilística tem um papel muito importante na economia, pois o veículo gera uma série de atividades, como a indústria do álcool, reposição de peças, entre outras. "É claro que é muito interessante para o governo que a indústria automobilística esteja bem".

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 8)(W.O./A.F.)