Título: A partir de 2010 a crise será coisa do passado, afirma Lula
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Fonte: Gazeta Mercantil, 09/12/2008, Brasil, p. A6
Brasília, 9 de Dezembro de 2008 - Garantir o fluxo de crédito para que as empresas continuem produzindo e gerando emprego é uma das prioridades do governo para enfrentar os efeitos da crise financeira internacional. Ontem, em discurso no almoço de confraternização com os oficiais-generais das Forças Armadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo irá "fazer com que as empresas que geram emprego tenham crédito necessário para que a gente possa vencer essa batalha". Lula também fez uma previsão para o fim da crise que atinge a economia mundial. De acordo com o presidente da República, a partir de 2010 a crise "será coisa do passado".
"Estou convencido que a partir de 2010 esta crise será coisa do passado aqui e em outros países". Segundo ele, o governo tem feito todo o esforço e tomado as medidas necessárias para evitar que a crise tenha aqui o mesmo efeito sentido em países como Estados Unidos e Japão.
Lula também aproveitou a presença dos oficiais-generais, dos comandantes das três forças e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, para anunciar que o Plano Estratégico de Defesa Nacional será apresentado ao Conselho de Defesa Nacional na próxima quinta-feira.
Lula destacou, ainda, o trabalho das Forças Armadas em Santa Catarina, quando teve papel fundamental nas operações de socorro às vítimas e no transporte e distribuição de alimentos para os desabrigados. "Posso dizer a vocês como presidente da República, mas poderia dizer como simples brasileiro que as Forças Armadas brasileiras viraram motivo de orgulho pela brilhante atuação que tiveram salvando vidas, levando comida, roupas, remédios", disse.
Melhor Natal em seis anos
Lula afirmou que este Natal será talvez o melhor dos seis anos em que está no governo. E justificou: "Porque a economia está crescendo, tem uma crise que se apresenta pela frente, que nós saberemos cuidar dessa crise, para não causar prejuízos, vamos fortalecer o mercado interno e vamos fazer com que a indústria nacional seja fortalecida", disse o presidente, em discurso.
Ainda falando sobre a crise econômica mundial, o presidente disse que existe uma crise verdadeira, mas existe também um sentimento de pânico na sociedade. "Tem uma crise verdadeira, mas também uma crise e um pouco de pânico, aquela crise em que as pessoas, mesmo tendo recursos, não querem comprar, porque ouviram dizer que tem uma crise", disse o presidente da República.
Lula afirmou também que não irá deixar parar nenhuma obra da Petrobras nem do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Não temos interesse de parar nem vamos parar", disse o presidente
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(Agência Brasil)