Título: China poderá ser líder em patentes
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 11/12/2008, Direito Corporativo, p. A10

WASHINGTON, 11 de Dezembro de 2008 - A China acelerou muito seus pedidos de novas patentes e a estimativa é a de que deve ultrapassar o Japão - o país , atualmente, é o atual líder mundial em número de novas patentes - por volta de 2012, de acordo com um relatório divulgado pela Thomson Reuters Scientific. O relatório divulgado pela empresa constatou que a China está se afastando da agricultura e da manufatura tradicionais e se concentrando mais na inovação, em áreas como, por exemplo, a engenharia química.

"A China deve dominar o cenário no que tange a patentes, em 2012, e deverá se tornar a maior inovadora do mundo", afirmou Bob Stembridge, porta-voz da empresa responsável por uma das divisões de pesquisa do grupo Thomson Reuters.

"As invenções vêm crescendo na China em ritmo mais rápido do que em qualquer outra parte do mundo. Esse processo vem sendo propelido por incentivos governamentais", disse Stembridge. Os incentivos incluem bonificações equivalentes a um ano de salário concedidas a inventores que recebam novas patentes, disse Eve Zhou, consultora que escreveu o relatório.

"Na China, 16% das patentes provêm do mundo acadêmico", disse Zhou. Isso se compara a 4% nos Estados Unidos e 1% no Japão. "A tendência existe porque o governo chinês exerce forte direção quanto às áreas técnicas que devem ser pesquisadas", acrescentou.

A Thomson Scientific analisou as cinco principais autoridades mundiais de patentes - Japão, Estados Unidos, Serviço Europeu de Patentes, Coréia do Sul e China. Foram computadas as novas patentes solicitadas entre 2001 e 2007, e a sua forma de solicitação de registros.

O Japão registrou o maior total anual de patentes a cada período, entre 2001 e 2007, mas os EUA vêm reduzindo a distância. No período, o Japão teve 37% dos novos pedidos de patente, ou 3,5 milhões, ante 27% para os Estados Unidos e 12% cada para China, Coréia do Sul e Europa.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10)(Reuters)