Título: AGU quer atingir quem desvia
Autor: Quadros, Vasconcelo
Fonte: Gazeta Mercantil, 10/12/2008, Brasil, p. A9

Brasília, 10 de Dezembro de 2008 - Um dia depois de anunciar a abertura de mais de 400 ações contra agentes públicos e empresários envolvidos em desvios de recursos públicos, o advogado Geral da União, José Antônio Dias Toffoli afirmou ontem que os órgãos de controle do governo devem reforçar a atuação na busca de alternativas jurídicas para facilitar a recuperação do dinheiro. "Não basta apenas prender o corrupto, ele tem que ser atingido no bolso para aprender a lição", disse Toffoli durante solenidade do Dia Nacional de Combate à Corrupção, comemorado ontem as ações da AGU e o lançamento do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Sancionadas (Ceis), elaborado pela Controladoria Geral da União (CGU) com a relação de empresas que se utilizaram de fraude para desviar recursos públicos.

Toffoli elogiou a criação do cadastro com uma comparação entre as diferenças de tratamento dado pelo governo e iniciativa privada a quem perde o crédito. Referindo-se a entidades como SPC e Serasa, ele lembrou que há anos as empresas dispõe de um cadastro nacional. "Quem não for idôneo com o município, não o será com a União e vice-versa", disse o ministro. O cadastro da CGU terá uma lista com mais de mil empresas prestadoras de serviços a órgãos públicos que se envolveram em fraudes, causando prejuízos ao governo federal. O ministro da CGU, Jorge Hage, quer incluiras empresas que negociam com estados e municípios.

A Procuradoria Geral da União (PGU), ligada à AGU, fez um mutirão jurídico para ingressar com 410 ações de ressarcimento contra servidores, empresários e políticos acusado por corrupção em todo o país. Entre os alvos, os envolvidos na "Operação Sanguessuga", da Polícia Federal. (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(Vasconcelo Quadros)