Título: Barreira sanitária na divisa entre Rondônia e Amazonas
Autor: Riomar Trindade
Fonte: Gazeta Mercantil, 21/09/2004, Agribusiness, p. B-12

O estado de Rondônia adotou um esquema emergencial de vigilância sanitária na divisa com o Amazonas para impedir a entrada de animais vivos, produtos e subprodutos de origem bovina procedentes do território amazonense, onde foi detectado um foco de febre aftosa. Fiscais agropecuários, policiais militares e soldados do Exército e da Aeronáutica participam dessa força-tarefa de reforço à fiscalização.

Único estado do Norte do País reconhecido como área livre de febre aftosa com vacinação, Rondônia tem o segundo maior rebanho bovino da região, com 10 milhões de cabeças, perdendo apenas para o Pará. Exportador de miúdos de bovino para países da Ásia, Rondônia mobilizou a fiscalização para manter o atual status sanitário.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as barreiras sanitárias foram montadas em pontos estratégicos, como o aeroporto de Porto Velho, nos dois portos da capital, no Distrito de Calama (Baixo Madeira), na BR-319, em Candeias e na Balsa de Machadinho do Oeste. Como resultado dessas barreiras, na semana passada foi apreendida uma carga de couro que estava sendo transportada do Amazonas para o Rio Grande do Sul. O couro apreendido foi incinerado.

Barreiras sanitárias

O foco de febre aftosa no Amazonas foi detectado em uma pequena propriedade do município de Careiro da Várzea, próximo a Manaus. A Delegacia Federal de Agricultura do Amazonas e a Secretaria Estadual de Agricultura, com o apoio das Forças Armadas, montaram barreiras para impedir a saída de animais, produtos e subprodutos para outros estados.

Além disso, os fiscais agropecuários estão realizando inspeções nas fazendas para tentar descobrir a origem do vírus da doença.