Título: Prefeito poderá disputar o governo do RS
Autor: Cigana,Caio
Fonte: Gazeta Mercantil, 22/12/2008, Brasil, p. A8

22 de Dezembro de 2008 - A confirmação da reeleição de José Fogaça (PMDB), no dia 26 de outubro, para mais quatro anos de mandato na prefeitura de Porto Alegre (RS), aumentou os rumores em torno de sua candidatura ao governo do estado, em 2010. Fogaça descarta a possibilidade, mas admite ser natural o prefeito da capital ser considerado como postulante ao Palácio Piratini e não consegue esconder um revelador sorriso quando questionado sobre o assunto.

"Essas conversas são inadequadas. Descarto o governo porque tenho candidato e compromisso com ele", disse, referindo-se ao ex-governador Germano Rigotto (PMDB), que perdeu a disputa pela reeleição em 2006. "Sei lá, quem sabe em 2014", brinca. Para ele, o desejo de lançar a sua candidatura é do PMDB de Porto Alegre. Compositor, é formado em Direito pela PUC-RS, e ex-professor de Literatura em cursos de pré-vestibular.

Ele foi deputado estadual de 1978 a 1982 e deputado federal de 1982 a 1986. Esteve no Senado Federal entre 1987 e 2002. Saiu do PMDB com um grupo dissidente e se filiou ao PPS em 2001, partido pelo qual foi eleito em 2004. No ano passado retornou ao PMDB atrás de maior estrutura partidária e tempo no horário gratuito de televisão para buscar a reeleição.

O político, que no próximo dia primeiro iniciará seu segundo mandato na prefeitura da capital gaúcha, já concorreu ao governo do Rio Grande do Sul. Foi em 1990, quando tentou a sucessão do hoje senador Pedro Simon (PMDB), mas acabou derrotado pelo ex-governador Alceu Collares (PDT).

Habilidade política para formar uma grande aliança e sustentar a sua candidatura o prefeito tem. Prova disso é a larga base que deve governar com ele. Além de PDT e PTB, partidos com boa estrutura no estado e que formaram a coligação com o PMDB no primeiro turno, Fogaça ainda terá a adesão de PP e PSDB.

O próprio PPS, apesar de algumas lideranças não terem engolido sua volta ao PMDB, terá nomes na composição do governo. Os peemedebistas também integram o governo Yeda Crusius (PSDB) no estado, mas os constantes rachas da base aliada indicam que seria muito mais fácil para o PMDB do que para os tucanos formarem uma ampla e sólida aliança para 2010.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 8)(C.C.)