Título: Impacto avaliado
Autor: Ribas, Sílvio
Fonte: Correio Braziliense, 19/03/2011, Economia, p. 23

Diante do quadro de instabilidade na região das usinas do Rio Madeira (RO), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) enviou ontem ofício à Energia Sustentável do Brasil, concessionária responsável pelas obras de Jirau, para saber o impacto que as rebeliões e a destruição das instalações terão no cronograma do empreendimento. Segundo a assessoria do órgão regulador, duas fiscalizações já estavam acertadas neste ano, uma no primeiro semestre e outra a partir de julho. A expectativa, até então, era de que o projeto, previsto para ser inaugurado em 2013, pudesse ser antecipado para 2012.

Antes mesmo de uma apuração completa, as autoridades presentes ao local dos tumultos acreditam que os atos de vandalismo não seriam resultado de insatisfações trabalhistas. Cerca de 200 empregados da construtora Camargo Corrêa incendiaram 45 ônibus e 15 blocos de alojamento, além dos refeitórios e de toda a área de lazer. No tumulto, caixas eletrônicos teriam sido arrombados.

A presença da Força Nacional, da Polícia Federal e da Polícia Militar de Rondônia no canteiro de obras não foi suficiente para garantir a ordem e a integridade dos funcionários na volta ao trabalho, prevista até o início da tarde de ontem para segunda-feira, mas depois cancelada. Ainda não se sabe o que causou a rebelião, mas suspeita-se que teria começado na noite de quarta-feira, em Jirau, depois que um operário se desentendeu com o motorista que faz o transporte dos funcionários. (SR)