Título: Congressistas chegam a acordo para votar pacote de Obama
Autor: Otterman,Sharon
Fonte: Gazeta Mercantil, 09/02/2009, Internacional, p. A13
9 de Fevereiro de 2009 - Apesar dos profundos desacordos entre democratas e republicanos a respeito do pacote de ajuda de mais de US$ 800 bilhões, os legisladores de ambos os partidos disseram ontem esperar que o pacote passe rapidamente pelo Congresso, quem sabe chegando à mesa do presidente Barack Obama até o final da semana.
A fim de evitar colisão com o pacote de estímulo mais acelerado, Lawrence H. Summers, principal consultor econômico da Casa Branca, indicou ontem que o secretário do Tesouro, Timothy F. Geithner, iria adiar até terça-feira um anúncio sobre o plano do governo para os bancos em dificuldades.
O presidente Obama, que pressiona o Congresso para uma ação rápida a respeito do pacote de estímulo, também programa discursar em uma reunião em Elkhart, Indiana, hoje à noite, a fim de enfatizar a urgência de se obter um pacote de apoio velozmente por meio do Congresso. Summers também alertou ontem que o atraso na aprovação do pacote poderá ter sérias consequências econômicas.
"Precisamos aparar arestas, encontrar o melhor pacote possível, e colocá-lo em ação o mais depressa que pudermos, a fim de conter uma potencial espiral deflacionária muito danosa", disse Summers no "Fox News Sunday."
"Se jamais existiu um momento onde as diferenças políticas devem ser superadas, é este, e portanto espero ardentemente que o projeto avance", explicou.
Existem significativas divergências entre as versões da Câmara de Representantes e do Senado sobre o pacote de ajuda, basicamente a respeito de dezenas de bilhões de dólares de apoio para estados e governos locais, provisões de taxas e programas para a educação, saúde e energia renovável.
O projeto elaborado por meio de negociações que se realizaram no Senado de sexta-feira à noite até o sábado, resultou em um pacote de US$ 827 bilhões de gastos governamentais e reduções de taxas. Segundo a versão da Câmara sobre o projeto, existe a eliminação de cerca de US$ 40 bilhões em ajuda para os estados, e um corte na redução de taxas para a classe média, defendida por Barack Obama . O plano do Senado também cria novos incentivos fiscais para moradias e carros no próximo ano.
Apenas três republicanas no Senado prometeram apoiar a medida: Arlen Specter da Pensilvânia, Susan Collins do Maine, e Olympia Snowe do Maine. Mas é o que basta para chegar a mais de 60 votos, prova de não obstrução, necessários para aprovar o projeto.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 15)(Sharon Otterman The New York Times)